por Bruno Lobo, Advisor of Digital Security da Italtel 

Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), são processados cerca de 6 bilhões de boletos anualmente e calcula-se que, desde 2018, uma média de R$ 450 milhões de boletos fraudulentos vem sendo eliminados por ano.
Uma explicação para esse número tão grande pode ser o enorme volume de vazamento de dados dos cidadãos. Ou seja, quanto mais informações a respeito das pessoas, mais fácil fica fraudar documentos próximos à realidade.
Para golpes, a criatividade dos cibercriminosos é ilimitada. Mas a estratégia mais comum é o envio de boletos de serviços recorrentes – como TV por assinatura ou telefonia – por e-mail, WhatsApp e SMS.

Como ocorre a fraude 

Boleto de cobrança é um dos instrumentos de pagamento pelo qual o emissor “beneficiário” recebe em sua conta o valor referente a uma vendo de produto ou serviço.
O fraudador, valendo-se de engenharia social ou de um link fraudulento, realiza a alteração do código de barras de modo que o valor pago caia na conta de laranjas ou de algum integrante desse esquema fraudulento.

Como evitar a fraude 

  1. Valide dos dados do “Beneficiário” correspondente à venda do produto ou serviço. 
  2. Valide se os três primeiros números do código de barras são correspondentes ao banco que aparece no boleto. 
  3. Desconfie de códigos de barras com falhas ou que apresentem espaçamentos excessivos entre as barras ou qualquer outra alteração que o reconhecimento seja impeditivo pela leitura. 
  4. Evite realizar impressores de boletos de cobranças em sites que não sejam do banco emissor do referido boleto. Evite negociação de descontos de boletos com pessoas estranhas, ou que se identifiquem como funcionários dos bancos ou de empresas de cobrança. Em caso de dúvidas sobre a veracidade das informações contidas no boleto de cobrança, consulte diretamente o fornecedor que o emitiu.

Caso tenha sido vítima, o que se deve fazer:  

  1. Entre em contato com o banco e tente realizar o bloqueio do valor pago. 
  2. Faça cópia dos comprovantes de pagamento e demais documentos correlatados. 
  3. Com todos as informações em mãos, procure uma Delegacia Policial mais próxima da sua residência ou registre um boletim de ocorrência eletrônico através do site da Delegacia eletrônica.

E, por fim, evite pagar suas contas utilizando wi-fi público e mantenha sempre o antivírus dos seus dispositivos – computador e celular – atualizados.